Vimos aqui sobre o metabolismo de carboidrato e
sua eficiência como fornecedor de energia para a realização de exercícios. Por
isso, o consumo de carboidratos com o objetivo de aumentar o estoque dessa
fonte de energia para otimizar sua utilização parece ser necessária.
Os carboidratos podem
ser simples e complexos. Os carboidratos simples são os monossacarídeos, como a
glicose e a frutose, e os dissacarídeos, como a sacarose, maltose e lactose.
Eles são digeridos e absorvidos rapidamente, formando glicose e aumentando os
níveis de insulina no sangue. Já os complexos, como os polissacarídeos, integrais,
por exemplo, demoram a serem quebrados e, portanto não elevam rapidamente os
níveis de insulina.
Essa
figura mostra de uma forma bem didática como um carboidrato de maior cadeia
(complexa) precisa ser quebrado para ser digerido e absorvido, sendo
estas de absorção lenta.
Consumidos
antes do exercício, os carboidratos simples podem não ser muito eficientes.
Eles elevam os níveis de açúcar no sangue (glicemia), consequentemente o de
insulina (hormônio que retira esse açúcar do sangue) e logo após uma
hipoglicemia, chamada hipoglicemia de rebote. Essa hipoglicemia parece ocorrer
quando são ingeridos estes carboidratos entre 15 e 45 minutos antes do
exercício. Entretanto, embora a hipoglicemia aconteça, um estudo da
Universidade Federal do Rio Grande do sul mostrou que isso não quer dizer que
irá ocorrer uma piora no desempenho do atleta. Portanto, alterações no
desempenho irão depender também da tolerância dos atletas à hipoglicemia.
Por outro lado, a suplementação de carboidrato durante o
exercício pode não contribuir para a hipoglicemia de rebote. Isso ocorre porque
durante o exercício pode haver um aumento na permeabilidade da fibra muscular,
diminuindo a necessidade da insulina. Durante a atividade muscular, os
receptores de insulina também são alterados. É importante observar que os melhores resultados são
observados entre 3 e 4 horas de exercício.
A relação entre insulina e exercício será discutida no próximo post.
Fonte para esse post: Fisiologia do exercício. Wilmore & Costill
Sapata et al., 2006. Revista Brasileira de Medicina do
esporte. Vol 12 n.4
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