O piruvato é convertido em ácido láctico pela lactato
desidrogenase. Rapidamente o ácido láctico se dissocia formando o lactato e H+,
o que produz uma redução do pH muscular, comprometendo a contratilidade
muscular e a capacidade de gerar ATP. Cerca de 30 a 40 minutos de recuperação é
o suficiente para ocorrer o tamponamento químico pelo bicarbonato e pela
remoção de dióxido de carbono (já que quando a concentração de H+
aumenta o centro respiratório responde aumentando a respiração). O lactato vai
para o sangue e o restabelecimento das concentrações normais de repouso de
lactato sanguíneo e muscular após o exercício exaustivo é um processo lento.
Demora cerca de uma a duas horas.
Uma forma de otimizar a remoção do lactato é o exercício físico
de intensidade baixa, pois aumenta o fluxo sanguíneo dos músculos, facilitando
a difusão do lactato para fora dos músculos. Além disso, o lactato é usado
pelos músculos inativos, coração e fígado, ajudando na sua remoção. A
utilização do lactato pelo fígado para a formação de glicose é chamado de ciclo
de cori.
A glicose
produzida pelo fígado através do lactato volta ao sangue e pode ser utilizada
novamente pelo músculo.
Todo esse
sistema ocorre quando não há oxigênio suficiente, quando o exercício é intenso
e de curta duração. Quando o exercício continua, chamado exercício aeróbio,
outra via entra em ação, o que veremos no próximo post.
Referência
para esse post: Fisiologia do esporte e exercício (Wilmore & Costill)
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dúvida ou sugestão deixe seu comentário ou mande um email
helenasmoraes@gmail.com
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