Antes de
falarmos se determinados treinos promovem a liberação de hormônios que irão
desempenhar papéis negativos ou positivos para o nosso corpo, anabólicos ou
catabólicos na nossa musculatura, vamos estudar (ou relembrar) a fisiologia
endócrina e entender os diversos intervenientes que os cercam.
Algumas glândulas do nosso sistema
nervoso central e periférico produzem hormônios. Os hormônios são substâncias
que são liberados na corrente sanguínea como objetivo de se comunicar com
células específicas a fim de promover o melhor equilíbrio (homeostase) para o
nosso organismo. Esta é a minha definição, a qual é bem simples e de fácil
compreensão. A definição do Guyton é "substância química secretada para os
líquidos corporais internos por uma célula ou um grupo de células, exercendo um
efeito fisiológico modulatório (de controle) sobre outras células." Da
mesma forma, Guyton definiu sistema endócrino como pelo menos duas glândulas
que secretam hormônios quase que inteiramente em resposta a estímulos neurais
vindos das medulas supra-renais, hipófise e hipotálamo.
Então, de fácil entendimento,
concluímos que duas células que se comunicam entre si por uma substância
química chamada hormônio, tendo regentes órgãos ou glândulas que as comandam,
são chamadas de sistema endócrino. Estes hormônios podem atingir células-alvo,
ter efeitos específicos e locais ou até mesmo efeitos gerais. Isso vai depender
do tipo de hormônio e aonde ele é liberado. A regulação da liberação dos
hormônios é feita por diversos órgãos. A hipófise, situada no sistema nervoso
central, regula a maioria deles. A hipófise anterior regula o cortisol,
adrenalina, tireóide, hormônio do crescimento e hormônios sexuais. Esta
regulação é mediada por outros órgãos como a supra renal, a tireóide, os
ovários, os testículos, a paratireóide e a placenta Já a hipótese posterior
libera vasopressina e ocitocina, os quais são hormônios antidiuréticos e
participam na regulação óssea, respectivamente.